A Cozinha Verde, da autoria de Filipa Range, tem como principal missão inspirar para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis, através da cozinha vegan.
A propósito do Dia da Criança (1 de Junho), a Iswari está a organizar um evento muito giro destinado a famílias com crianças, com o objetivo de aproximar os mais novos de uma alimentação mais saudável e de um estilo de vida em comunhão com a Natureza. O Mini Festival O pequeno Buda acontece já no próximo dia 2 de Junho, no Parque Florestal de Monsanto e a entrada é gratuita!
A convite da marca, vou lá estar da parte da manhã a fazer dois showcookings destinados às mamãs e papás, enquanto os pequenos Budas se divertem num workshop só para deles. Estas Bolinhas de Aveia, Banana e Maçã são uma das receitas que criei para este evento e que vão poder provar no sábado, se aparecerem por lá... :)
Esta é uma sugestão de lanche para bebés e crianças que todos os adultos vão querer provar. Cá por casa ficámos todos fãs e foi difícil convencer o Lourenço a deixar algumas bolinhas de parte para fotografar (é o maior devorador de "trufas" de sempre!)
Geralmente costumo fazer estas bolinhas com frutos secos na base (como nestas Trufas de caju e cenoura), mas desta vez decidi utilizar a aveia e adorei o resultado final. Quem me conhece e acompanha A Cozinha Verde, sabe que adoro receitas simples e práticas, e esta não foi exceção. Em 5 minutos, têm um lanche saudável pronto para toda a família! Agora tomem nota:
Bolinhas de aveia doces
+ 1 ano
sem glúten, sem açúcar, cruas
tempo de preparação: 5 minutos
faz 15 bolinhas
Ingredientes
Para as bolinhas:
½ cup flocos de aveia germinada (sem glúten)
½ cup tâmaras
2 colheres de sopa pequeno Buda Banana Maçã (trigo sarraceno moído, farinha de banana, chufa moída, lúcuma em pó, sementes de linhaça moídas, maçã)
1 colher de sopa coco ralado
1 pitada de canela moída
Ideias para o topping:
Sementes de cânhamo descascadas
Coco ralado
Farinha de alfarroba
Cacau cru em pó (+2 anos)
Frutos secos moídos
Bagas goji moídas
Preparação
Descaroçe as tâmaras e coloque-as numa taça com água morna. Reserve.
Coloque os flocos de aveia no processador e triture até obter uma farinha.
Entretanto, descarte a água das tâmaras e adicione-as ao processador, seguidas dos restantes ingredientes.
Triture até obter uma massa consistente e moldável. Se necessário, acrescente um pouco de água durante o processo para facilitar a liga (com cuidado, para não ficar com uma massa demasiado mole).
Depois, faça pequenas bolas com as mãos e passe nos seus toppings preferidos (utilizei sementes de cânhamo descascadas).
Leve ao frigorífico até servir ou congele, para ter um lanche rápido sempre à mão para si e/ou para os seus filhos.
Dicas:
Estas bolinhas aguentam 1 semana no frigorífico e 3 meses no congelador, desde que bem acondicionadas.
Pode substituir a mistura utilizada nesta receita (Pequeno buda Banana e Maçã) por coco ralado ou farinha de alfarroba, por exemplo, para um resultado diferente e não menos apetitoso.
Na parte II do meu roteiro vegan no Porto, convido-vos a conhecer cinco espaços na cidade para comer bem. Desde fast food a cozinha gourmet, este pequeno guia tem um pouco de tudo! Diversidades à parte, todos estes restaurantes têm um ponto em comum: a qualidade da comida que servem.
Hoje trago-vos a segunda parte deste roteiro, com uma seleção de restaurantes a não perder na vossa próxima visita à invicta! No entanto, importa referir que esta é uma pequena amostra, já que o Porto se apresentou repleto de novos restaurantes vegetarianos. Mas a maior surpresa foi sem dúvida ter encontrado vários restaurantes tradicionais com opções vegan no menu! Grande parte do mérito deste fenómeno é da Aliança Animal, que criou o programa "E o seu restaurante, já tem?", com o objetivo de implementar menus vegetarianos em espaços de restauração convencionais, dando o auxílio necessário durante todo o processo. Encontram um desses espaços nas próximas linhas deste post, onde tive o prazer de saborear a melhor francesinha vegan que alguma vez comi (e já tinha experimentado algumas)!
Como vos disse aqui, estive poucos dias pelo Porto e como viajei em trabalho, não tive tempo suficiente para conhecer tudo o que levava apontado no meu bloco de notas. E aqui tenho de agradecer aos meus queridos seguidores nortenhos, por todas as dicas que me deram! Foi muito difícil fazer uma seleção, portanto parece-me que este roteiro não vai ficar por aqui. :)
Roteiro vegan no Porto - Parte II: 5 restaurantes que tens de conhecer já!
Chegados ao Porto já pela hora de jantar, nada melhor do que ir comer uma... Francesinha!! Já tinha experimentado algumas boas versões vegan, mas esta foi sem dúvida a melhor!
Este espaço, embora não sendo vegetariano, aderiu ao programa da Aliança Animal, e tem agora um menu apto para vegetarianos (100% vegetal), com vários pratos deliciosos e sobremesas (fiquei com pena de não conseguir experimentar o crepe no final, mas ficará sem dúvida para uma próxima oportunidade).
Como o tempo era curto e ficamos alojados num apartamento através da Airbnb, optámos por fazer algumas refeições em casa. Já tinha ouvido falar muito bem das pizzas vegan do Hand'Go e agora posso confirmar: são deliciosas! Este é um espaço pequeno, localizado no centro do Porto, com uma boa oferta de pizzas 100% vegetais. Para além disso, ainda fazem crepes com vários recheios à escolha! Com um conceito de take away, esta é uma excelente alternativa para aqueles dias em que não temos tempo para cozinhar e nos apetece fast food.
Estivemos neste restaurante em Fevereiro, aquando da apresentação do meu livro no Porto. Estava cheio quando chegámos, mas acabámos por conseguir uma mesa para jantar. O restaurante é 100% vegetariano, a comida é deliciosa e o ambiente convida a uma boa conversa. Vale a pena a visita!
Tal como o caso anterior, experimentei o buffet de almoço do restaurante Pé de Arroz (em Matosinhos) na minha ida à invicta no início deste ano. Apesar de preferir restaurantes à carta, este local entrou logo para a minha lista de restaurantes preferidos! O espaço é super giro, o atendimento amável e eficaz e o mais importante: a comida é deliciosa! O buffet é muito variado quando comparado com outros espaços e a comida é simples mas bem confeccionada, caseira e reconfortante.
Para terminar em grande, apresento-vos o restaurante vegetariano mais fancy e gourmet do Porto. Localizado num edifício histórico na famosa Avenida da Boavista, esta foi a minha escolha para o almoço do meu dia de aniversário, no nosso último dia na cidade. Já lá tinha estado há alguns anos, pouco tempo depois de ter mudado a minha alimentação e estilo de vida (foi o primeiro restaurante vegetariano que experimentei no Porto) e as recordações que tinha eram as melhores. Alguns anos volvidos, o "Em Carne Viva" voltou a surpreender-me, com uma verdadeira experiência para todos os sentidos. O Lourenço adorou o espaço, e descobriu um "jardim secreto" de onde não queria sair. Muito amavelmente, a senhora que nos estava a servir disponibilizou-se para tomar conta do pirralho, que não nos deixava parar na mesa um segundo. Desta forma, ainda conseguimos aproveitar parte do nosso almoço a dois, sem interrupções de segundo a segundo (quem tem filhos pequenos vai certamente compreender a felicidade que é poder relaxar num restaurante e degustar a refeição com uma certa calma).
Espero que tenham gostado das minhas sugestões! Tenho intenção de voltar ao Porto em breve, por isso sintam-se à vontade para mencionar os vossos restaurantes preferidos na caixa de comentários. :)
Fabricantes de alimentos inimigos de uma boa alimentação patrocinam congresso de nutricionistas que arranca esta quinta-feira, sob protesto de alguns profissionais que equiparam o evento a uma “feira alimentar”. Associação Portuguesa de Nutrição alega que, sem esse dinheiro, o congresso não era exequível. Ler o artigo completo aqui.
Uma vez mais, a história repete-se. Empresas da indústria alimentar como a Coca-Cola, a Mcdonald's (entre outras) surgem como patrocinadores do XVII Congresso de Nutrição e Alimentação, organizado pela Associação Portuguesa de Nutrição (APN). O evento, que decorre em Lisboa, tem como objetivo fomentar a discussão técnica e científica sobre temas relacionados com nutrição e alimentação saudável. Contudo, os visitantes deste congresso, na sua grande maioria nutricionistas e estudantes, deparam-se com a promoção de marcas que comercializam produtos inimigos de uma alimentação equilibrada e saudável.
Não me interpretem mal: Não abri uma guerra ao açúcar e aos alimentos processados.
Na minha opinião, desde que devidamente informados sobre os benefícios/malefícios da inclusão deste tipo de alimentos na nossa dieta, somos todos livres de fazer as escolhas que nos pareçam mais adequadas e/ou desejadas no momento.
No entanto, não consigo de todo compreender que um congresso com esta importância e responsabilidade, que tem como público-alvo nutricionistas atuais ou futuros, dê destaque a este tipo de alimentos, ricos em açúcares refinados, gorduras trans e um sem número de aditivos alimentares.
Segundo a Associação Portuguesa de Nutrição, sem o dinheiro dos patrocinadores, "o congresso não era exequível". Mas desta forma, será este congresso pertinente?
Servirá este congresso para elucidar os futuros profissionais desta área sobre alimentação saudável? Tenho sérias dúvidas.
Compreendo que, em Portugal, seja difícil obter patrocínios de marcas alimentares que fomentem uma alimentação saudável e equilibrada. Não porque estas não existam, mas porque não têm a capacidade financeira necessária para competir com os grandes da indústria alimentar.
Deixo uma sugestão, dirigida às grandes empresas da indústria alimentar em Portugal, que apoiam diariamente este e outros eventos. Já pensaram na hipótese de utilizar a vossa influência (financeira e social) para criar produtos adequados para uma dieta saudável, influenciando assim pela positiva os vossos consumidores?
Pode parecer irreal à primeira vista, e certamente não será a solução perfeita, mas não deixa de ser uma opção. Têm os meios necessários. Faltará apenas a vontade? Num país cada vez mais informado no que diz respeito a escolhas alimentares, não deverão os grandes dar o exemplo?
Nos últimos dias andei pelo Porto e quero mostrar-vos um bocadinho do que andei por lá a fazer. Este primeiro post é dedicado ao motivo principal desta viagem: o Veggie Fest!
No dia 5 de Maio (sábado) estive no Veggie Fest com um showcooking de receitas do livro "A Cozinha Verde". Foi com muita alegria que encontrei o Shopping Cidade do Porto, local onde decorreu o evento, cheio de curiosos e entusiastas de um estilo de vida vegetariano!
Conforme se pode ler no site oficial do evento:
"É um festival vegetariano, ou seja, centrado na alimentação vegetariana (concretamente, alimentação sem carne, sem peixe e sem marisco) e que pretende, em primeira instância, dar a conhecer novas opções gastronómicas, desde opções saudáveis e biológicas, ao fast food. Serão dadas a conhecer novas receitas, desde a degustação, ao saber fazer.
Em segunda instância, pretende também dar a conhecer um pouco do estilo de vida e motivações, numa altura em que a obrigatoriedade de um prato vegetariano é uma premissa em determinados locais, nomeadamente nas escolas. Isto tudo, num ambiente animado e festivo, num modelo semelhante ao que já se faz, por exemplo, nos EUA, ou Inglaterra."
Quero aproveitar para agradecer à organização pelo convite, adorei fazer parte deste grande evento! Embora só tenha tido oportunidade de estar por lá no primeiro dia do festival, ainda houve tempo para rever pessoas que tanto admiro, conhecer outras mais e trazer para casa um saco cheio de coisas boas e vegan!
Fico de coração cheio ao ver a enorme afluência a eventos relacionados com o vegetarianismo. Passo a passo, Portugal começa a fazer parte da Mudança!
Roteiro vegan no Porto - Parte I: Veggie Fest
De seguida, destaco algumas pessoas e marcas que estiveram presentes neste evento, e que contribuem diariamente com o seu trabalho para um mundo mais verde!
Tenho uma grande admiração por este jovem nutricionista. Conheci o Darchite num jantar do PAN, e desde então que acompanho com muito carinho e orgulho o seu trabalho. Quem esteve presente no lançamento e apresentação do meu livro em Lisboa, teve oportunidade de o conhecer e de o ouvir falar sobre o tema que o move: a nutrição!
O Darchite palestrou no Veggie Fest logo após o meu showcooking. Mesmo antes de entrar no palco, encontrei-o sentado e descontraído a preparar a sua apresentação.
Para quem ainda não o conhece, o Darchite Kantelal é um nutricionista formado em King’s College London – a melhor universidade da Europa em nutrição -, com mestrado em nutrição desportiva e especialização na alimentação de base vegetal na Cornell University – uma das oito universidades de elite dos EUA. Depois de iniciar a carreira com um estágio no S. L. Benfica, assumiu a responsabilidade pela nutrição de toda a área de formação do GD Estoril Praia. É membro da equipa do Nutritionfacts.org, um dos mais famosos sites da especialidade. Participa regulamente em programas de televisão, tendo sido convidado especial do MasterChef Junior e da Sport TV. É nutricionista na Associação Vegetariana Portuguesa e autor do livro "Bem Comer, Melhor Jogar".
Conheci a Joana Barbosa na apresentação do meu livro no Porto, embora já acompanhasse o seu trabalho nas redes sociais. A Joana personaliza tote bags, notebooks, canecas e outros artigos com imagens e mensagens alusivas ao veganismo. Encontrei-a sorridente no Festival, atrás da banca mais amorosa de sempre! Comigo, trouxe um conjunto de notebooks para levar na carteira, ideais para tirar notas e apontar ideias/receitas. Curiosamente, esta miúda simpática descobriu o veganismo através d' A Cozinha Verde e agora gere o seu próprio negócio! Parabéns!
Já tinha ouvido falar desta iogurteira portuguesa nas redes sociais, mas foi no Veggie Fest que conheci o projeto com mais pormenor, contado pela sua simpática criadora. Esta iogurteira permite fazer o nosso próprio iogurte vegetal, de uma forma mais sustentável, já que é feita à mão em Portugal com materiais sustentáveis como a cortiça, e evita assim o uso de milhares de embalagens de plástico. Este produto não consome energia e tem uma grande durabilidade. Para além disso, tem um design giro e original, já que se assemelha a uma mochila, como podem ver na fotografia!
Tata-se de um Art-isan Wine Project que pretende levantar questões sobre os costumes e tendências associados ao mundo do vinho. A marca alia a produção de vinho ao movimento artístico, de forma a suscitar uma reflexão sobre questões relativas à industrialização do vinho e ao crescente movimento naturista. Os vinhos Duckman resultam da utilização exclusiva de uvas produzidas pelos próprios de castas autóctones (região Bairrada), de pequenas edições e revelam sensações inesperadas que despertam questões. Minimizam a utilização de sulfuroso, nem sempre os vinhos são filtrados e os vinhos são vegan (não recorrem a nenhum produto de origem animal durante todo o processo de fabrico).
Atentos às novas tendências, este projeto promete ser um sucesso para veganos e amantes de vinho! Trouxe comigo uma garrafa de espumante que já está guardada para um momento especial.
Num próximo post, falarei sobre os restaurantes onde estive e que cativaram o meu palato! Fiquem atentos. :)