A Cozinha Verde, da autoria de Filipa Range, tem como principal missão inspirar para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis, através da cozinha vegan.
Sem glúten, sem açúcar, sem farinha Rende 1 bolo com cerca de 15 fatias Tempo de preparação: 90 minutos
Ingredientes 3 cups (chávenas) de amêndoas e cajus sem sal triturados 1/2 cup (chávena) de cacau cru em pó 2 colheres de chá de fermento sem glúten 2 bananas maduras 1 vagem de baunilha 1/2 cup (chávena) de óleo de girassol não refinado, prensado a frio (ou óleo de coco) 1/2 cup (chávena) de leite de amêndoas natural (não açucarado) 5 colheres de sopa de Geleia de Arroz
Como preparar:
Pré-aquecer o forno a 180º.
Num processador de alimentos/robot de cozinha, triturar as amêndoas e os cajus durante uns minutos.
Numa taça grande, misturar esta farinha de amêndoas e cajus com o cacau e o fermento.
Esmagar as bananas e juntar à taça, juntamente com o óleo de girassol ou de coco, o leite de amêndoas, a geleia de arroz e as sementes da vagem de baunilha (para retirar as sementes fazer um corte longitudinal na vagem e raspar as sementes do seu interior). Mexer bem com uma vara de arames.
Forrar uma forma redonda com papel vegetal e deitar a massa na forma. Levar ao forno cerca de 40 minutos ou até um palito sair limpo.
Deixar arrefecer bem antes de desenformar. Reservar.
Para a cobertura:
1 cup (chávena) de tâmaras biológicas, previamente demolhadas durante algumas horas 1/4 cup (chávena) de cacau cru em pó 1/2 cup (chávena) de água fresca 1 colher de sopa de geleia de arroz (opcional)
Bater todos os ingredientes num processador de alimentos/robot de cozinha até obter uma textura cremosa. Reservar.
Finalização e decoração:
Com a ajuda de uma espátula espalhar a cobertura sobre o bolo. Decorar com frutos vermelhos e amêndoas picadas grosseiramente.
Por vezes é difícil aceitar que o caminho que escolhemos não era o melhor para nós. A verdade é que me fui apercebendo ao longo dos 5 anos em que trabalhei em auditoria, que aquilo não me preenchia, não me realizava nem acrescentava algo mais à minha vida.
Sempre tive muitos sonhos, sonhos esses que estiveram hipotecados durante tanto tempo, pura e simplesmente por uma questão de comodismo e estabilidade. Porque tinha um salário certo ao final do mês, e principalmente porque era mais fácil não arriscar.
Mas o meu desejo sempre foi trabalhar por conta própria, criar algo meu, algo que tivesse realmente significado para mim, e que de alguma forma contribuísse para melhor a vida dos outros. Nunca senti isso na área financeira.
O veganismo foi para mim o impulso para ir atrás dos meus sonhos. Comecei a desejar partilhar aquilo que estava a viver com outras pessoas e a inspirá-las de alguma forma. Daí até criar A Cozinha Verde foi um passo. Encontrei o meu propósito de vida e lutei por ele. Tão simples quanto isto.
A minha rotina mudou drasticamente. Aprendi a trabalhar sozinha. Pelo facto de trabalhar muito a partir de casa, aprendi a organizar-me e a gerir da melhor forma o meu tempo. Aprendi a não ter horários certos e a ter auto-disciplina. Aprendi a controlar a ansiedade e a aceitar a imprevisibilidade do meu trabalho.
Nada disto seria possível se não gostasse verdadeiramente do que faço. Se não vibrasse a todo o momento com isto. Se não sorrisse todos os dias pelas palavras bonitas e sentidas que ouço das pessoas que vou conhecendo nos workshops, que me fazem encomendas ou que me enviam mensagens e e-mails a pedir-me ajuda.
Sinto que estou a fazer a diferença na vida de alguém. E por isso, tudo isto vale a pena.